Iluminar a nossa escuridão, tomar consciência e ver a verdade é uma chave para a cura. Feito, claro, a passo e passo. Acredito que é um caminho para a Vida! Usamos muita energia para não ver o que não queremos assumir em nós mesmos. E iremos fugir da nossa sombra até ao momento em que nos permitirmos olhá-la e acolhê-la. Entretanto, a vida vai-se encarregando de a espelhar no exterior, e enquanto isso vamos investindo energia a tentar encobri-la em nós mesmos. O cair do véu da ilusão em relação a partes de nós mesmos é, na maioria das vezes, doloroso. Mas ao mesmo tempo uma grande bênção. A libertação ganha é enorme e a energia investida em esconder essa parte de nós, pode agora ser usada de forma mais produtiva através da nossa vontade consciente. A partir do momento em que nos vamos permitindo aceitar pedaços desta sombra a transformação é possível. Podemos ir caminhando e iluminando aqui e ali. Acolhendo e abraçando as polaridades que nos compõem e pelas quais, em parte somos tecidos. Aceitando que somos humanos em evolução e aprendendo a ter compaixão por nós mesmos e a amarmos-nos um pouco mais a cada novo passo dado. No final, bem espremidinho talvez não sejamos assim tão diferentes uns dos outros, se nos colocassem em determinadas situações na vida, não saberíamos no que nos poderíamos transformar, para o bem e para o mal. Quanto maior o mergulho na nossa própria escuridão, maior a capacidade de fazermos escolhas conscientes na vida e de irmos caminhando em direcção ao nosso potencial mais elevado. Muitas bênçãos para o caminho! Luísa Paula #sheeserhumanoemevolução #autoconhecimento #inteligêncianãolinear #serhumano #desenvolvimentohumano #sessõesindividuais #workshops #retiros #consciência LuisaPaula.com Photo by Pixabay.com
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Viva, querid@s! Escrevo-vos ao sabor deste acolhedor sol de outono e desejo-vos um maravilhoso mês de dezembro. O que vos escrevo hoje vem na continuidade do que escrevi na newsletter do mês passado e fala-nos sobre este mergulho na escuridão que a natureza faz e ao qual nos estende o convite! Caminhamos para a parte mais escura do ano e para o tempo de celebração do nascimento da luz, o solstício de inverno e natal. Há uma história que ouvi pela primeira vez quando fiquei próxima da pedagogia Waldorf e que se chama "A menina da Lanterna". Esta história relata a jornada de uma menina em busca de ajuda para acender a luz da sua lanterna que se apagou. Quem pode e consegue acender de novo a lanterna é o grande sol. A história retrata a viagem em busca da luz interior. Há uma versão de Stephen Spitalny desta história que eu gosto ainda mais. Nessa versão, a lanterna não se apaga mas a luz fica muito fraquinha e por isso torna-se muito difícil o caminho quando está escuro. Quando a menina encontra o sol este diz-lhe: - “A minha luz está sempre a brilhar mesmo quando tu não a consegues ver. Está sempre contigo. Então, olha para a tua lanterna. Vê, ela brilha. Desde que a luz brilhe no teu coração, a luz na tua lanterna vai brilhar também. E tudo ficará bem.” Uma das perguntas que tem pautado verdadeiramente todo o meu percurso de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, humano e profissional é esta: O que faz brilhar o meu coração? O que me faz vibrar de vida? O que me faz sentir integra e verdadeira? O que me leva mais perto da verdade que ressoa dentro de mim? E sei que a direcção a seguir é sempre resposta a uma destas perguntas e que o caminho implica, inevitavelmente, mergulhos na minha escuridão. O mais interessante é que o mergulho na escuridão é o que permite tornar mais forte a luz da lanterna. Quanto mais mergulhamos e iluminamos a nossa própria escuridão, mais forte vai ficando a luz da nossa lanterna e mais íntegros vamos ficando com a verdade que ressoa dentro de nós e, quanto mais brilhamos, mais iluminamos e por isso mais conseguimos ver, resgatar e curar quando mergulhamos na escuridão e então o brilho aumenta e assim sucessivamente. A maior parte da nossa vida é controlada pela nossa mente inconsciente, por isso todo o trabalho de autoconhecimento e de iluminação da nossa sombra e escuridão é um trabalho que reverte a favor da nossa vontade consciente. Ao invés de fugir da escuridão interior, o caminho passa por mergulhar nela e a cada um destes mergulhos reavivar e tornar mais forte a luz da lanterna trazendo um coração mais e mais brilhante. Escuridão e luz não vivem uma sem a outra. É a vivência equilibrada de ambas dentro de nós mesmos, que nos permite ir vivendo cada dia mais harmoniosamente, com mais humanidade e mais perto de quem verdadeiramente somos! A natureza faz sabiamente este caminho na jornada do sol ao longo do ano, nos ciclos da lua, no ciclo do dia e da noite. Aproveitemos a sua sabedoria e ensinamentos! Desejo-vos um bom grande mergulho até ao despertar da primavera! Abaixo segue o convite para os eventos deste mês! São muito Bem-Vind@s! Festas Felizes! Abraço com carinho, Luísa Paula ***** Hello, Dear! I´m writing you below this warm autumn sun and wish you a wonderful December. What I am writing to you today comes in the continuation of what I wrote in last month newsletter. The plunge into the darkness that nature makes and to which she extends an invitation to us! We´re walking to the darkest part of the year and to the time of celebration of the birth of light, the winter solstice and Christmas. There is a story I first heard when I came close to Waldorf pedagogy called the Lantern girl. This story relates the journey of a girl seeking help to turn on the light of her extinguished lantern. And the one who can turn the lantern back on is the big sun. The story depicts the journey in search of the inner light. There is a version from Stephen Spitalny of this story that I like even more, the golden lantern does not go out but the light gets very weak and so it gets very difficult to see when it is dark. When the girl meets the sun, he tells her: - “My light is always shining even when you can't see it. It is always within you. So look at your lantern. See, it shines. As long as the light shines in your heart, the light in your lantern will shine too. And all will be well. ” One of the questions that has truly guided my entire path of self-knowledge and personal, human and professional development, is exactly this: What makes my heart shine? What makes me vibrate with life? What makes me feel whole and true? What brings me closer to the truth that resonates within me? And I know that the direction to follow is always the answer to one of these questions and that the path inevitably entails plunging into my own darkness. The really interesting thing is that the plunge into darkness is what makes the light of the lantern stronger. The more we dive into and illuminate our own darkness, the stronger the light from our lantern gets and the more integrity we get with the truth that resonates within us and the brighter we lighten and so we can see, rescue and heal. When we plunge into darkness, the brightness increases and so on. Most of our life is controlled by our unconscious mind, so all the work of self-awareness and illumination of our shadow and darkness is work that reverts in favor of our conscious will. Rather than fleeing the inner darkness, the path is to plunge into it and each of these dives revive and brighten the light of the lantern bringing a brighter and brighter heart. Darkness and light do not live without each other. It is the balanced living of both within ourselves that allows us to go on living more harmoniously, with more humanity and closer to who we truly are! Nature wisely takes this path on the sun's journey throughout the year, in the cycles of the moon, in the cycle of day and night. Let us take advantage of your wisdom and teachings. I wish you a great big dive until the dawn of spring! Below is the invitation to this month's events! You are very welcome! Happy Holidays! Hug with love, Luísa Paula Newsletter Luísa Paula - Novembro - Bem-Vind@s!
(English Version Below) Viva, querid@s! O outono está a lançar-nos o seu convite anual para mergulharmos dentro em conjunto com a natureza. Os dias decrescem, o tempo arrefece e convida a ficar dentro, acender a luz e o fogo interior (em casa e dentro de nós) e a recolher. É interessante imaginar como seria se não tivéssemos luz eléctrica e como nos sentiríamos interiormente com este decrescer da luz do sol e o crescer da noite. Acredito que a confrontação e o abraçar da nossa própria escuridão seria um lugar mais comum. Vivemos numa sociedade e cultura, onde por norma, a escuridão é vista ou identificada com o "mal", em oposição à luz, conotada com o bem. Na nossa escuridão vivem tesouros preciosos assim como aquilo a que chamamos "sombra". Fugir do mergulho na escuridão e do trabalho sobre a sombra é o que faz dela, na minha opinião, o chamado "mal". Acolhê-la, trazê-la à consciência e trabalhá-la é uma fonte de poder e transformação. Além disso, e como atrás referi, há preciosidades incríveis a resgatar na escuridão, no nosso mundo interior, pedaços de nós que trazem integridade, espontaneidade, criatividade, vitalidade, etc. Mergulhar na nossa própria escuridão, navegá-la, explorá-la, abraçá-la é, na minha experiência, essencial para a nossa sanidade e evolução como seres humanos mais humanos. É esta a proposta que vos faço em qualquer um dos meus trabalhos, um mergulho no Mistério que cada um é, um mergulho interior, um mergulho na sua própria escuridão, resgatando a pouco e pouco, o que cada um É na sua verdade mais profunda. São muito Bem-Vindos! Luísa Paula ***** Hello, Dear! Autumn is launching its annual invitation to dive inside with nature. The days diminish, the weather cools and invites us to stay inside, turn on the light and the inner fire (at home and within us). It is interesting to imagine what it would be like if we had no electric light and how we would feel inwardly with this diminishing sunlight and growing night. I believe that confronting and embracing our own darkness would be a more common place. We live in a society and culture where, as a rule, darkness is seen or identified with "evil" as opposed to light, connoted with good. In our darkness live precious treasures as well as what we call the "shadow.” Escaping the plunge into darkness and not working on the shadow is what makes, in my opinion, the so-called "evil". Welcoming it, bringing it to consciousness and working it is a source of power and transformation. And as I mentioned before, there are incredible gems to rescue in the dark, in our inner world, bits of us that bring integrity, spontaneity, creativity, vitality, etc. Plunging into our own darkness, navigating it, exploring it, embracing it is, in my experience, essential to our sanity and evolution as morehuman beings. This is the proposal I make to you in any of my works, a plunge into the mystery that each one is, an inward plunge, a plunge into one's own darkness, gradually rescuing Yourself! You are very welcome! Luísa Paula |
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